quarta-feira, 18 de março de 2009

Cristianismo sem Cruz

Trago à tona este assunto, em função da seriedade e pertinência da matéria, pois vejo como lamentável a indiferença que tem caracterizado o povo de Deus nos dias atuais ante os grandes desafios morais e espirituais que nos cercam, principalmente se considerarmos o caminho de dor e sofrimento pelo qual Jesus percorreu.

Em parte, esta situação vem se firmando por culpa dos pregadores atuais que levam os membros das igrejas a praticarem um tipo de cristianismo sem sofrimento, sem doença, sem dificuldade financeira, sem rejeição, sem descontentamento, enfim, sem cruz. As pessoas estão aceitando a Cristo como salvador imaginando que a decisão tomada se equivale ao ato de tomar uma vacina que imuniza e livra o cristão de todos os males e problemas desta vida, colocando-o de fora dos dilemas humanos, o que não é verdade.

Que Deus é todo poderoso ninguém duvida, que quer abençoar os seus filhos é crença corrente, mas não podemos alimentar o ensino equivocado da prosperidade e da bênção incondicional sem fundamentação bíblica, como alguns vêm propagando, que Deus vai dar tudo a todos como se estivesse a serviço do cristão. Pensar e agir como se as coisas fossem tão fáceis e simples assim é aceitar e propagar uma espécie de anticristianismo. Afinal, as dores que sofremos também devem ser consideradas como bênçãos de Deus, porque sem elas não teríamos como diagnosticar as doenças e valorizar a saúde.

O homem moderno está mesmo é em busca de facilidades, comodidades e prazer a todo custo. É por isto que a ciência e a tecnologia vêm fazendo esforços para responder a contento os anseios de satisfação e o grau de exigência das pessoas. Como conseqüência dessa busca insaciável, o ser humano tem se tornado doente. Nunca os consultórios de analistas e psiquiatras foram tão freqüentados como nos dias de hoje e as pessoas jamais consumiram tanto medicamento para resolver os problemas de insônia e depressão, causados pela infelicidade, angústia e tristeza de corações vazios. Esta situação visível em grande parte tem sido gerada por uma expectativa falsa, pois o ser humano não foi criado para o prazer, mas sim para desafios e realizações.

Lamentavelmente, muitas seitas e inúmeras igrejas evangélicas têm caído na tentação de apresentar um cardápio de facilidades e promessas sem apoio bíblico, como se o cristianismo fosse um balcão negócios onde se vende sonhos e ilusões, para manter acesa a falsa esperança de muitos pobres e miseráveis que são levados a acreditar que o verdadeiro cristão não passa por tribulações. Que tragédia! Pois ninguém tem o direito de alimentar falsas esperanças, muito menos aqueles que atuam como mensageiros do Deus Altíssimo. Tal situação é agravada pela adesão de muitos irmãos de igrejas históricas, que são consideradas sérias no compromisso com o evangelho, influenciados por estas idéias, em virtude do bombardeio que recebem através dos programas televisivos, rádio e, principalmente, pela música gospel, que enfatiza o ter em lugar do ser.

Com a predominância deste sentimento nada saudável que vem sendo disseminado e facilmente assimilado, os novos crentes estão se tornando cada vez mais indiferentes aos grandes desafios da fé cristã. Freqüentam os cultos quando podem, contribuem quando sobra, oram quando têm problemas, lêem a Bíblia quando vão à igreja e, com algumas poucas e boas exceções, difamam, fazem intriga, se opõem aos pastores e cometem os mesmos erros de pessoas que ainda não tiveram um encontro pessoal com Cristo. Este é um estilo de cristianismo sem cruz e, por conseguinte, sem Cristo.

Foi por esta razão que Jesus condenou com veemência o comportamento dos religiosos de sua época, porque não tinham compromisso autêntico com a essência da fé apostólica. Para Jesus, cristianismo não é filosofia adotada, mas estilo de vida comprometido com os valores eternos, que se traduzem em justiça social, amor ao próximo, respeito mútuo e submissão à vontade de Deus. Mas é só pela cruz que somos capazes de trilhar o caminho do sacrifício, da submissão, do amor, da compaixão que nos reconcilia com Deus e nos aproxima uns dos outros.

Se quisermos alcançar o alvo estabelecido no coração de Jesus de transformar os conceitos injustos arraigados nos corações dos homens em todo o mundo, necessitamos seguir os seus ensinamentos: "assim como o Pai me enviou eu vos envio a vós" (Jo 20.21b). Jesus é o nosso modelo e exemplo. Espelhemo-nos nele para que sejamos discípulos de verdade, que vivem à sobra da cruz.

Autor: Aloízio Penido - Pastor da PIB em Juiz de Fora (MG) / Grupo Está na Bíblia

Fonte: JesusSite.com

via http://www.pilb.t5.com.br

domingo, 1 de março de 2009

Postura pró-vida de menina de 12 anos comove professora pró-aborto

Kathleen Gilbert

TORONTO, Canadá, fevereiro de 2009 (LifeSiteNews.com) — A menina “Lia” de 12 anos, que vive em Toronto, Canadá, virou estrela na sua escola e no Youtube com seu discurso pró-vida de cinco minutos, feito para uma competição escolar. Apesar do desânimo e oposição total, a apresentação de Lia foi tão bem feita que ela ganhou a competição, embora ela tivesse sido avisada que ela seria desqualificada, devido à mensagem “polêmica” de seu discurso.

O discurso está disponível no Youtube onde já foi visto mais de 100 mil vezes e produziu discussões acaloradas. (Veja: http://www.youtube.com/watch?v=wOR1wUqvJS4&feature=channel_page)

“E se eu lhe dissesse que neste exato momento, alguém está escolhendo se você deveria viver ou morrer?” começa a menina charmosa no seu discurso que está gravado no Youtube. “E se eu lhe dissesse que essa escolha não foi baseada no que você poderia ou não fazer, no que você fez no passado, ou no que você faria no futuro? E se eu lhe dissesse que você nada poderia fazer para impedir isso? Colegas alunos e professores, milhares de crianças estão neste exato momento nessa situação. Alguém está escolhendo o destino de bebês sem mesmo conhecê-los. Estão escolhendo se eles irão viver ou morrer. Esse alguém é a própria mãe. E essa escolha é o aborto”.

Lia, falando facilmente e com entusiasmo radiante, dispara respostas a várias objeções comuns no breve discurso.

“Por que pensamos que só porque um feto não pode falar ou fazer o que fazemos, ele não é ainda um ser humano?” pergunta ela. “Alguns bebês nascem depois de cinco meses. Será que esse bebê não é humano?

“Jamais diríamos isso. Contudo, abortos são realizados em fetos de cinco meses todos os dias. Será que só os chamamos de seres humanos se alguém os quiser?

“Pense nos direitos da criança, que nunca lhe foram dados. Não importa quais direitos sua mãe tenha, não significa que podemos negar os direitos do feto”, disse ela. “Precisamos nos lembrar de que com nossos direitos e nossas escolhas vêm responsabilidades, e não podemos arrancar direitos dos outros para evitar nossas responsabilidades”.

A mãe de Lia diz que o assunto foi escolhido pela própria filha, e que ela estava determinada a não ceder, até mesmo depois que os professores lhe disseram que sua apresentação era “adulta demais” e “polêmica demais”.

“Ela também foi avisada de que se fosse adiante com o assunto, ela não teria permissão de continuar na competição de discurso”, escreveu a mãe de Lia no blog Moral Outcry. “Inicialmente, tentei ajudá-la a achar outros assuntos sobre os quais falar, mas no fim ela estava inflexível. Ela queria continuar com o assunto do aborto. Assim, ela desistiu de sua chance de competir a fim de falar sobre algo que está profundamente em seu coração”.

A mãe disse para LifeSiteNews.com que um das professoras da menina apoiou seu discurso, muito embora a professora fosse pró-aborto. “Depois de ajudar Lia a fazer o discurso ela disse, ‘Isso realmente me fez pensar’”, observou a mãe.

Na competição escolar, a mãe disse que um dos jurados da competição era outra professora pró-aborto que “nem mesmo queria ouvir” o discurso da menina, e saiu de sua cadeira pouco antes de Lia começar. Depois do discurso, que a família de Lia disse que foi bem recebido pelos estudantes e pelos professores, os jurados inicialmente disseram para Lia que ela havia sido realmente desqualificada. Mas uma polêmica entre os jurados acabou levando a uma reversão, e a família de Lia ficou sabendo no dia seguinte que os jurados concordaram que a menina merecia vencer a competição.

Quando perguntada sobre o que inspirou Lia a prosseguir no assunto com tanta insistência, sua mãe disse:

“Ela se envolveu nesse assunto com paixão, e pesquisou muito. Realmente creio que é algo que Deus colocou no coração dela”.

Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com

Fonte: LifeSiteNews