sábado, 25 de outubro de 2008

A IGREJA EVANGÉLICA HOJE - Russel Shedd

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Por que ser membro dela?


Russel Shedd

É maravilhoso ser membro da Igreja de Jesus Cristo! Ele prometeu, durante seu ministério na terra, que edificaria sua Igreja. A Igreja teve seu início miraculoso com a descida poderosa do Espírito Santo e continua crescendo com sua atuação regeneradora. Ninguém faz parte da Igreja de Jesus Cristo sem nascer do Espírito. Ela é um povo exclusivo de Deus, foi escolhida livremente pela sua graça antes da fundação do mundo e existe inteiramente para sua glória e prazer.

A palavra “invisível” descreve a Igreja universal. Parece infeliz porque sugere uma idéia platônica, isto é, que a Igreja pode existir sem uma expressão visível. Os Reformadores desenvolveram esta descrição para manter o princípio, contra Roma, de que a Igreja está fundamentada na graça livre de Deus. Foi assim que os apóstolos enxergaram o povo redimido – do império das trevas – e transportado para o Reino do seu Filho amado. Somente Deus sabe quem realmente lhe pertence; portanto, invisível para nós.

Para se tornar parte da Igreja, a Bíblia exige confissão pública, normalmente no batismo, e uma fé genuína na ressurreição histórica de Jesus dentre os mortos. Não há garantia de que os que confessaram o nome do Senhor e “creram nEle” foram realmente regenerados. A confirmação da fé salvadora de um membro da Igreja de Jesus Cristo vem através do amor de Deus derramado nos corações dos salvos e a perseverança no caminho. Declara o autor de Hebreus: “Pois passamos a ser participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à confiança que tivemos no princípio” (3.14 – NVI).

A Igreja é um templo, disse Paulo, querendo dizer com isso que Deus habita no meio de sua família na terra, tal como habitava no Santo dos Santos no templo de Salomão. Para Pedro, a Igreja é representada por uma casa espiritual edificada com pedras vivas porque chegaram à Pedra Viva (Jesus). A Igreja é um campo com plantas (pessoas) que têm qualidades que o Espírito desenvolve para demonstrar seu amor: “alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gl 5.22,23).

A Igreja ganhou o título de família de Deus pelo fato de que Ele adotou os membros como filhos. A fraternidade dos “irmãos” da Igreja deve ser uma expressão do relacionamento familiar que une os que gozam do direito de fazer parte dessa nova “raça eleita”. Ela também é um “novo homem” com ambições distintas dos homens da raça de Adão e Eva.

Tristemente, não podemos concordar com todas as posturas de todos os líderes humanos que pastoreiam mais de um milhão e meio de igrejas locais no mundo inteiro. Alguns deles ensinam doutrinas antibíblicas e promovem práticas opostas às que Deus propõe para sua Igreja. A infidelidade dos membros não nega a finalidade de Deus em resgatar pecadores das garras satânicas, dando-lhes vida pela graça recebida por fé. Deus “nos escolheu nele antes da fundação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença” (Ef 1.4).

Ortodoxia doutrinária que produz igrejas que apresentam a imagem de Cristo não pode ser definida com absoluta precisão. No entanto, o alvo que Paulo declarou para os colossenses deve ser a ambição principal de todos os que amam ao Senhor Jesus de verdade. “Nós o proclamamos, advertindo e ensinando a cada um com toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (1.28). Foi o mesmo interesse que Jesus teve logo antes de sua ascensão: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo que eu lhes ordenei” (Mt 28.19,20).

CONCLUSÃO

As aberrações doutrinárias e desvios nas práticas comprovam a vulnerabilidade da igreja no mundo pós-moderno. Jesus estava consciente do perigo que a igreja correria quando levantou a questão da fé existir ou não na terra quando Ele voltar. Como a igreja de Laodicéia, que não reconhecia sua condição miserável, digna de compaixão, pobre, cega e nua, as igrejas contemporâneas são suscetíveis às tentações mundanas e a viverem longe dos alvos do seu Senhor. Que Deus graciosamente mostre misericórdia para com sua Igreja, enviando líderes e membros comprometidos com as ordens que Ele passou para ela através de seus apóstolos e profetas há dois mil anos.

Fonte: Revista Enfoque - Edição 65 - DEZ / 2006
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sábado, 4 de outubro de 2008

DEFICIENTES FÍSICOS

Abrindo a porta

TEARFUND - www.tilz.tearfund.org

1. Problemas e preconceitos

As pessoas com deficiências são, muitas vezes, levadas a sentirem-se excluídas da sociedade. Usamos a imagem de uma porta fechada, para mostrar que as atitudes negativas em relação a estas pessoas fazem com que elas não sejam ensinadas as habilidades ou recebam as oportunidades que podem melhorar a sua qualidade de vida. Às vezes, as crianças são escondidas atrás de portas fechadas.

Atitudes fatalistas

“Muitas das crianças são abandonadas. As pessoas acreditam em “carma” e têm um ponto de vista fatalista. Elas acham que as crianças com deficiências deveriam ser deixadas para morrer, para que possam voltar como pessoas melhores. Elas não entendem que estas crianças podem ser estimuladas para alcançar o seu potencial completo.”

(Christian Care Foundation, Tailândia)

Falta de apoio

“As pessoas com deficiências são toleradas pelas suas famílias e pelos seus vizinhos, mas são vistas como tendo pouco valor e pouco para contribuir na família ou na comunidade.”

(World Concern, RDP do Laos)

Vergonha

O preconceito social faz com que as pessoas com deficiências se sintam deixadas de fora. Elas geralmente não têm oportunidades para participar da comunidade.

“Os familiares sentem-se abandonados. Eles isolam a criança, até mesmo trancando-a, quando há visitas em casa.”

(Hezron Sande Likunda, Quênia – leitor da Passo a Passo)

Discriminação

São oferecidas poucas oportunidades para integrar as pessoas com deficiências à comunidade. Um exemplo é a discriminação na seleção de empregados.

A Christian Care Foundation na Tailândia ensinou um homem com pólio a usar computadores. “Ele poderia viver independentemente na comunidade, mas não há oportunidades para que ele o faça.”


2. Soluções

Entretanto, à medida que estas atitudes negativas começam a mudar, a porta começa a abrir-se. Todos nós podemos ajudar a tornar as atitudes em relação à deficiência mais positivas.

Desenvolvimento físico e mental

A Mediahouse, no Egito, criou um vídeo chamado Ten Small Steps (Dez Pequenos Passos), que oferece conselhos práticos aos pais sobre como estimular o desenvolvimento dos seus filhos com deficiências.

Desenvolvimento de habilidades

No Camboja, os “Servos dos Pobres Urbanos da Ásia” faz lobby para fazer com que as crianças com deficiências entrem para escolas normais. Na Malásia, a Malasyan CARE organiza um centro de treinamento para ajudar jovens com deficiências a desenvolver as suas habilidades sociais.

Superar o preconceito social

O Serviço de Reabilitação com Base na Comunidade do Nepal iniciou um programa de conscientização nas escolas usando a dramatização e a discussão.

Criar oportunidades

O Serviço de Reabilitação com Base na Comunidade do Nepal sempre emprega alguns funcionários com deficiências.

A Craft Aid de Maurício emprega 120 pessoas, das quais um terço têm deficiências. Elas produzem móveis, artesanato, jóias, marcadores de livros, presentes, açúcar, flores e mel.

3. O ponto de vista de Deus

A nossa meta deveria ser porta aberta. Uma porta aberta permite que as pessoas com deficiências vivam como Deus quer que vivam: sem preconceitos e com oportunidades para desempenhar um papel na comunidade que use o seu potencial completo.

Aceito

Criado à imagem de Deus

Amado incondicionalmente

Parte da comunidade

Valorizado

Questões para discussão

1 Que tipos de preconceito contra as pessoas com deficiências existem na sua comunidade ou no seu país?

2 Qual deveria ser a atitude cristã em relação às pessoas com deficiências?

3 A primeira porta mostra alguns dos problemas enfrentados. A segunda porta oferece algumas soluções para estes problemas. Você consegue pensar numa outra solução? Você consegue pensar em alguma solução possível para os preconceitos sobre os quais você discutiu na Questão 1?

4 O que você pode fazer para desafiar o preconceito contra a deficiência na sociedade em que vive: pessoalmente, como igreja, como organização?

5 O que você pode fazer para ajudar a incluir as pessoas com deficiências na sua comunidade: pessoalmente, como igreja ou como organização?