segunda-feira, 28 de julho de 2008

David Brainerd - Um arauto aos peles-vermelhas (1718-1747)


Certo jovem, franzino de corpo, mas tendo na alma o fogo do amor aceso por Deus, encontrou-se na floresta, para ele desconhecida. Era tarde e o sol já declinava até quase desaparecer no horizonte, quando o viajante, enfadado da longa viagem, avistou a fumaça das fogueiras dos índios "peles-vermelhas". Depois de apear e amarrar seu cavalo, deitou-se no chão para passar a noite, agonizando em oração.

Sem ele o saber, alguns dos silvícolas o haviam seguido silenciosamente, como serpentes, durante a tarde. Agora estacionavam atrás dos troncos das árvores para contemplar a cena misteriosa de um vulto de cara pálida, sozinho, prostrado no chão, clamando a Deus.

Os guerreiros da vila resolveram matá-lo, sem demora, pois, diziam, os brancos davam uma aguardente aos peles-vermelhas, para, enquanto bêbados, levar-lhes as cestas e as peles de animais, e roubar-lhes as terras. Mas depois de cercarem furtivamente o missionário, que orava,prostrado, e ouvirem como clamava ao "Grande Espírito", insistindo que lhes salvasse a alma, eles partiram tão secretamente como chegaram.

No dia seguinte, o moço, não sabendo o que acontecera em redor, enquanto orava no ermo, foi recebido na vila de uma maneira não esperada. No espaço aberto entre as "wigwams" (barracas de peles) os índios o cercaram e o moço, com o amor de Deus ardendo na alma, leu o capítulo 53 de Isaías. Enquanto pregava, Deus respondeu a sua oração da noite anterior e os silvícolas ouviram o sermão, com lágrimas nos olhos.

Esse cara-pálida chamava-se Davi Brainerd. Nasceu em 20 de abril de 1718. Seu pai faleceu quando Davi tinha 9 anos de idade, e sua mãe, filha dum pregador, faleceu quando ele tinha 14 anos.

Acerca de sua luta com Deus, no tempo da sua conversão, na idade de vinte anos, ele escreveu. "Designei um dia para jejuar e orar, e passei esse dia clamando quase incessantemente a Deus, pedindo misericórdia e que ele abrisse meus olhos para a enormidade do pecado e o caminho para a vida em Jesus Cristo... Contudo, continuei a confiar nas boas obras... Então, uma noite andando na roça, foi me dada uma visão da grandeza do meu pecado, parecendo-me que a terra se abrira por baixo dos meus pès para me sepultar e que a minha alma iria ao Inferno antes de eu chegar em casa...

Certo dia, estando longe do colégio, no campo, sozinho em oração, senti tanto gozo e doçura em Deus, que, se eu devesse ficar neste mundo vil, queria permanecer contemplando a glória de Deus. Senti na alma um profundo amor ardente para com todos os homens e anelava que eles desfrutassem desse mesmo amor de Deus.

"No mês de agosto, depois, senti-me tão fraco e doente, como resultado de aplicar-me demais aos estudos, que o diretor do colégio me aconselhou a voltar para casa. Estava tão fraco que tive algumas hemorragias. Senti-me perto da morte, mas Deus renovou em mim o conhecimento e o gosto das coisas divinas. Anelava tanto a presença de Deus e ficar livre do pecado, que, ao melhorar, preferia morrer a voltar ao colégio, e me afastar de Deus...Oh! uma hora com Deus excede infinitamente todos os prazeres do mundo."

De fato, depois de voltar ao colégio, Brainerd esfriou em espírito, mas o Grande Avivamento, dessa época, alcançou a cidade de New Haven, o colégio de Yale e o coração de Davi Brainerd. Ele tinha o costume de escrever diariamente uma relação dos acontecimentos mais importantes da sua vida, passados durante o dia.

É por esses diários escritos para si próprio e não para o mundo ler, que sabemos da sua vida íntima de profunda comunhão com Deus. Os seguintes poucos trechos servem como amostras do que ele escreveu em muitas páginas de seu diário e descobrem algo de sua luta com Deus, enquanto estudava para o ministério:"Fui tomado repentinamente pelo horror da minha miséria. Então clamei a Deus, pedindo que me purificasse da minha extrema imundícia. Depois a oração se tornou mui preciosa para mim. Ofereci-me alegremente para passar os maiores sofrimentos pela causa de Cristo, mesmo que fosse para ser desterrado entre os pagãos, desde que pudesse ganhar suas almas.

Então Deus me deu o espírito de lutar em oração pelo reino de Cristo no mundo. "Retirei-me cedo, de manhã, para a floresta, e foi-me concedido fervor em rogar pelo avanço do reino de Cristo no mundo. Ao meio-dia, ainda combatia em oração a Deus, e sentia o poder do divino amor na intercessão.

"Passei o dia em jejum e oração, implorando que Deus me preparasse para o ministério, e me concedesse auxílio divino e direção, e que ele me enviasse para a seara no dia que ele designasse. Pela manhã, senti poder na intercessão pelas almas imortais e pelo progresso do reino do querido Senhor e Salvador no mundo...

À tarde, Deus estava comigo de verdade. Quão bendita a sua companhia! Ele me concedeu agonizar em oração até ficar com a roupa encharcada de suor, apesar de eu me achar na sombra, e de soprar um vento fresco. Sentia a minha alma grandemente extenuada pela condição do mundo: esforçava-me para arrebatar multidões de almas. Sentia-me mais dilatado pelos pecadores do que pelos filhos de Deus, contudo anelava gastar a minha vida clamando por ambos."Passei duas horas agonizando pelas almas imortais. Apesar de ser ainda muito cedo, meu corpo estava molhado de suor... Se eu tivesse mil vidas, a minha alma as teria dado pelo gozo de estar com Cristo...

"Dediquei o dia para jejuar e orar, implorando a Deus que me dirigisse e me abençoasse na grande obra que tenho perante mim, a de pregar o Evangelho. Ao anoitecer, o Senhor me visitou maravilhosamente na oração; senti a minha alma angustiada como nunca... Senti tanta agonia que me achava ensopado de suor. Oh! e Jesus suou sangue pelas pobres almas! Eu anelava mostrar mais e mais compaixão para com elas.

"Cheguei a saber que as autoridades esperam a oportunidade de me prender e encarcerar por ter pregado em New Haven. Fiquei mais sóbrio e abandonei toda a esperança de travar amizade com o mundo. Retirei-me para um lugar oculto na floresta e coloquei o caso perante Deus."

Completados os seus estudos para o ministério, ele escreveu:
"Preguei o sermão de despedida ontem, à noite. Hoje, pela manhã orei em quase todos os lugares por onde andei, e, depois de me despedir dos amigos, iniciei a viagem para o habitat dos índios."

Essas notas do diário revelam, em parte, a sua luta com Deus enquanto estudava para o ministério. Um dos maiores pregadores atuais, referindo-se a esse diário, declarou: "Foi Brainerd quem me ensinou a jejuar e orar. Cheguei a saber que se fazem maiores coisas por meio de contato cotidiano com Deus do que por pregações."

No início da história da vida de Brainerd, já relatamos como Deus lhe concedeu entrada entre os silvícolas violentos, em resposta a uma noite de oração, prostrado em terra, nas profundezas da floresta. Mas, apesar de os índios lhe darem a toda hospitalidade, concedendo-lhe um lugar para dormir sobre um pouco de palha e, ouvirem o sermão, comovidos, Brainerd não estava satisfeito e continuava a lutar em oração, como revela seu diário:

"Continuo a sentir-me angustiado. À tarde preguei ao povo, mas fiquei mais desanimado acerca do trabalho do que antes; receio que seja impossível alcançar as almas. Retirei-me e derramei a minha alma pedindo misericórdia, mas sem sentir alívio.

"Completo vinte e cinco anos de idade hoje. Dói-me a alma ao pensar que vivi tão pouco para a glória de Deus. Passei o dia na floresta sozinho, derramando a minha queixa perante o Senhor.

"Cerca das nove horas, saí para orar na mata. Depois do meio-dia, percebi que os índios estavam se preparando para uma festa e uma dança... Em oração, senti o poder de Deus e a minha alma extenuada como nunca antes na minha vida. Senti tanta agonia e insisti com tanta veemência que, ao levantar-me, só consegui andar com dificuldade. O suor corria-me pelo rosto e pelo corpo. Reconheci que os pobres índios se reuniam para adorar demônios e não a Deus; esse foi o motivo de eu clamar a Deus, que se apressasse em frustrar a reunião idólatra. Assim, passei a tarde orando incessantemente, pedindo o auxílio divino para que eu não confiasse em mim mesmo.

O que experimentei, enquanto orava, foi maravilhoso. Parecia-me que não havia nada de importância em mim, a não ser santidade de coração e vida, e o anelo pela conversão dos pagãos a Deus. Desapareceram todos os cuidados, receios e anelos; todos juntos pareciam-me de menor importância que o sopro do vento. Anelava que Deus adquirisse para si um nome entre os pagãos e lhe fiz o meu apelo com a maior ousadia, insistindo em que ele reconhecesse que eu 'o preferia à minha maior alegria.' De fato, não me importava onde ou como morava, nem da fadiga que tinha de suportar, se pudesse ganhar almas para Cristo. Continuei assim toda a tarde e toda a noite."

Assim revestido, Brainerd, pela manhã, voltou da mata para enfrentar os índios, certo de que Deus estava com ele, como estivera com Elias no monte Carmelo. Ao insistir com os índios para que abandonassem a dança, eles, em vez de matá-lo, desistiram da orgia e ouviram a sua pregação, de manhã e à tarde.
Depois de sofrer como poucos sofrem, depois de se esforçar de noite e de dia, depois de passar horas inumeráveis em jejum e oração, depois de pregar a Palavra "a tempo e fora de tempo", por fim, abriram-se os céus e caiu o fogo. Os seguintes excertos do seu diário descrevem algumas dessas experiências gloriosas:

"Passei a maior parte do dia em oração, pedindo que o Espírito fosse derramado sobre o meu povo... Orei e louvei com grande ousadia, sentindo grande peso pela salvação das preciosas almas. "Discursei à multidão extemporaneamente sobre Isaías 53.10: Todavia, o Senhor agradou moê-lo'. Muitos dos ouvintes entre a multidão de três a quatro mil, ficaram comovidos a ponto de haver um 'grande pranto, como o pranto de Hadadrimom'. [Ver Zacarias 12.11)

"Enquanto eu andava a cavalo, antes de chegar ao lugar para pregar, senti o meu espírito restaurado e a minha alma revestida com o poder para clamar a Deus, quase sem cessar, por muitos quilômetros a fio.

"De manhã, discursei aos índios onde nos hospedamos. Muitos ficaram comovidos e, ao falar-lhes acerca da salvação da sua alma, as lágrimas correram abundantemente e eles começaram a soluçar e a gemer. À tarde, voltei ao lugar onde lhes costumava pregar; eles ouviram com a maior atenção quase até o fim. Nem a décima parte dos ouvintes pôde conter-se de derramar lágrimas e clamar amargamente. Quanto mais eu falava do amor e compaixão de Deus, ao enviar seu Filho para sofrer pelos pecados dos homens, tanto mais aumentava a angústia dos ouvintes. Foi para mim uma surpresa notar como seus corações pareciam traspassados pelo terno e comovente convite do Evangelho, antes de eu proferir uma única palavra de terror.

"Preguei aos índios sobre Isaías 53.3-10. Muito poder acompanhava a Palavra e houve grande convicção entre os ouvintes; contudo, não tão geral como no dia anterior. Mas a maioria ficou comovida e em grande angústia de alma; alguns não podiam caminhar, nem ficar em pé: caíam no chão como se tivessem o coração traspassado e clamavam sem cessar, pedindo, misericórdia... Os que vieram de lugares distantes foram levados logo à convicção, pelo Espírito de Deus.

"À tarde, preguei sobre Lucas 15.16-23. Havia muita convicção visível entre os ouvintes, enquanto eu discursava; mas, ao falar particularmente, depois, a alguns que se mostravam comovidos, o poder de Deus desceu sobre o auditório 'como um vento veemente e impetuoso e varreu tudo de uma maneira espetacular.

"Fiquei em pé, admirado da influência que se apoderou do auditório quase totalmente. Parecia, mais que qualquer outra coisa, a força irresistível de uma grande correnteza, ou dilúvio crescente, que derrubava e varria tudo que encontrava na sua frente.

"Quase todos oravam e clamavam, pedindo misericórdia, e muitos não podiam ficar em pé. A convicção que cada um sentiu foi tão grande, que pareciam ignorar por completo os outros em redor, mas cada um continuava a orar por si mesmo. "Lembrei-me de Zacarias 12.10-12, porque havia grande pranto como o pranto de 'Hadadrimom', parecendo que cada um pranteava à parte.

"Parecia-me um dia muito semelhante ao dia em que Deus mostrou seu poder a Josué (Josué 10.14), porque era um dia diferente de qualquer dia que tinha presenciado antes, um dia em que Deus fez muito para destruir o reino das trevas entre esse povo".

É difícil reconhecer a magnitude da obra de Davi Brainerd entre as diversas tribos de índios, nas profundezas das florestas; ele não entendia os seus idiomas. Se lhes transmitia a mensagem de Deus ao coração, deveria achar alguém que pudesse servir como intérprete. Passava dias inteiros simplesmente orando para que viesse sobre ele o poder do Espírito Santo com tanto poder, que esse povo não pudesse resistir à mensagem. Certa vez teve que pregar por meio de um intérprete tão bêbado, que quase não podia ficar em pé, contudo, vintenas de almas foram convertidas por esse sermão.

Ele andava, às vezes, perdido de noite no ermo, apanhando chuva e atravessando montanhas e pântanos. Franzino de corpo, cansava-se nas viagens. Tinha que suportar o calor do verão e o intenso frio do inverno. Dias a fio passava-os com fome. Já começava a sentir a saúde abalada e estava a ponto de casar-se (sua noiva era Jerusa Edwards, filha de Jônatas Edwards) e estabelecer um lar entre os índios convertidos ou voltar e aceitar o pastorado de uma igreja que o convidava. Contudo, reconhecia que não podia viver, por causa da sua doença, mais que um ou dois anos e resolveu então ''arder até o fim".

Assim, depois de ganhar a vitória em oração, clamou: "Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim até os confins da terra; envia-me aos selvagens do ermo; envia-me para longe de tudo que se chama conforto da terra; envia-me mesmo para a morte, se for no teu serviço e para promover o teu reino..."

Então acrescentou: "Adeus amigos e confortos terrestres, mesmo os mais anelados de todos. Se o Senhor quiser, gastarei a minha vida, até os últimos momentos, em cavernas e covas da terra, se isso servir para o progresso do Reino de Cristo."

Foi nessa ocasião que escreveu: "Continuei lutando com Deus em oração pelo rebanho aqui e, especialmente, pelos índios em outros lugares, até a hora de deitar-me. Oh! como senti ser obrigado a gastar o tempo dormindo! Anelava ser uma chama de fogo, constantemente ardendo no serviço divino e edificando o reino de Deus, até o último momento, o momento de morrer."

Por fim, depois de cinco anos de viagens árduas no ermo, de aflições inumeráveis e de sofrer dores incessantes no corpo, Davi Brainerd, tuberculoso e com as forças físicas quase inteiramente esgotadas, conseguiu chegar à casa de Jônatas Edwards.

O peregrino já completara a sua carreira terrestre e esperava o carro de Deus para levá-lo à Glória. Quando, no seu leito de sofrimento, viu alguém entrar no quarto com a Bíblia, exclamou: "Oh! o querido Livro! Breve hei de vê-lo aberto. Os seus mistérios me serão então desvendados!"

Minguando sua força física e aumentando sua percepção espiritual, falava com mais e mais dificuldade: "Fui feito para a eternidade. Como anelo estar com Deus e prostrar-me perante Ele! Oh! que o Redentor pudesse ver o fruto do trabalho da sua alma e ficar satisfeito! Oh! vem,Senhor Jesus! Vem depressa! Amém!" - e dormiu no Senhor.

Depois desse acontecimento, a noiva de Brainerd, Jerusa Edwards, começou a murchar como uma flor e, quatro meses depois também foi morar na cidade celeste. Dum lado do seu túmulo, está o de Davi Brainerd e do outro lado está o túmulo de seu pai, Jônatas Edwards.

O desejo veemente da vida de Davi Brainerd era o de arder como uma chama, por Deus, até o último momento, como ele mesmo dizia: "Anelo ser uma chama de fogo, constantemente ardendo no serviço divino, até o último momento, o momento de falecer."

rainerd findou a sua carreira terrestre aos vinte e nove anos. Contudo apesar de sua grande fraqueza física, fez mais que a maioria dos homens faz em setenta anos.
Sua biografia, escrita por Jônatas Edwards e revisada por João Wesley, teve mais influência sobre a vida de A. J. Gordon do que qualquer outro livro, exceto a Bíblia.

Guilherme Carey leu a história da sua obra e consagrou a sua vida ao serviço de Cristo, e nas trevas da Índia! Roberto McCheyne leu o seu diário e gastou a sua vida entre os judeus. Henrique Martyn leu a sua biografia e se entregou para consumir-se dentro de um período de seis anos e meio no serviço de seu Mestre, na Pérsia.

O que Davi escreveu a seu irmão, Israel Brainerd, é para nós um desafio à obra missionária: "Digo, agora, morrendo, não teria gasto a minha vida de outra forma, nem por tudo que há no mundo."

Texto: Livro Heróis da Fé de Orlando S. Boyer, Edições CPAD
Do blog http://robespierremachado.blogspot.com/

sábado, 12 de julho de 2008

Cultos malignos

CULTOS AFRO

Alertamos aos leitores que o texto abaixo tem origem secular, e convém lê-lo com discernimento. É indicado para apologistas, que precisam se armar com conhecimento sobre a operação do mal.


Candomblé


É um culto afro-brasileiro. Há muitos tipos de candomblés, que perpetuam tradições diferentes, graças à influência das diversas nações africanas, representadas no Brasil pelos negros que aqui aportaram à época da escravatura. Dentre todos os Candomblés existentes, o de Angola, de Caboclo, do Congo, de Quêto e de Ewe, é o do rito Nagô que atualmente se destaca e predomina dentre todos os outros e é por esse motivo que foi o escolhido para ser abordado aqui.
Das centenas de Orixás existentes inicialmente na África Negra, somente alguns subsistem hoje no candomblé brasileiro: Oxalá, Nanã, Iemanjá, Xangô, Ogun, Iansã, Oxum, Obá, Oxóssi, Oxumarê, Omolu-Obaluaiê, Euá, Iroko, Logunedé, Ossâim, Ibêji, Ifá, Baiani e Exu, aos quais é dedicada, em datas específicas uma festa especial. A primeira etapa da cerimônia em homenagem a um Orixá consiste do sacrifício. No sacrifício, mata-se um animal de duas ou quatro patas, que pode ser galinha, pombo, cabra, bode, carneiro, porco, galo, tatu, cágado, variando também a cor, branco ou preto, dependendo da preferência do deus que está sendo homenageado na cerimônia. A matança é realizada por um sacerdote denominado de achôgun ou achégun, que, na verdade precisa sacrificar dois animais, já que durante o ritual serão realizadas duas oferendas, uma dedicada a Exú, e outra ao santo celebrado na ocasião.
O achôgun precisa seguir com meticulosidade e precisão determinados rituais, porque sem eles,o sacrifício e a oferenda, etapa seguinte da festa, perderiam por completo seu valor, não sendo aceito pelos deuses.A seguir, o animal sacrificado, vai ser preparado pela cozinheira, iyá-bassê ou abassá que também preparará as outras iguarias preferidas para os demais orixás que participarão da festa.
Dessa forma, a moela, fígado, coração, pés, asas, cabeça e o sangue do animal sacrificado são destinados ao santo da festa e, para xangô, o amalá, para Oxun, o xinxin de galinha, e assim por diante.Os fetiches, que são as pedras sagradas, consideradas como residência temporária dos deuses, precisam também receber oferendas e alimentos para que a força dinâmica e o poder dos orixás possa ser neles fixada.A esse processo de firmação das energias dos deuses dá-se o nome de assentamento e é justamente com esse intuito que são depositados juntos aos objetos mágicos a parte que restou do animal sacrificado e que não foi utilizada no preparo para a oferenda dos deuses.A terceira etapa, o padê de Exú, é sempre realizada à noite e coincide com o momento em que a cerimônia se torna pública, pois até essa etapa do ritual somente alguns integrantes da seita são autorizados a assistir.No padê pede-se a Exú, considerado um mensageiro, um intermediário entre os deuses e os homens, que vá levar aos orixás o chamado dos homens.É por esse motivo, que essa fase da cerimônia também recebe o nome de Despacho de Exú onde além dos cantos e danças, é realizada a oferenda a de um animal de duas patas que já foi morto e preparado anteriormente.
Feito isso, se inicia o toque dos tambores, rum, rumpi, e ié, que, juntamente com os cânticos característicos de cada entidade, também denominados pontos de chamada, invoca os Orixás para que desçam ao terreiro e incorporem nos médiuns, que no candomblé e na umbanda recebem o nome de “cavalo”.Os Orixás descem obedecendo uma ordem fixa e pré determinada denominada de xirê.A cerimônia prossegue com todas as entidades reunidas, dançando e, eventualmente dando conselhos até que se iniciam os cânticos de unló,isto é, os pontos que solicitam que os Orixás desçam de seus cavalos e voltem para o mundo astral.O chefe do terreiro chama-se Babalorixá se for homem e Ialorixá se for mulher.
A confraria do candomblé é formada também pelos filhos de santo e pelos ekedy ou ogan.Estes se referem à moça ou o rapaz que formam o conjunto de pessoas que participam das cerimônias como auxiliares dos filhos de santo e que, portanto, não podem cair em transe.Já os filhos de santo, são na maioria das vezes mulheres, também são chamadas de iaô e têm a função de incorporar as entidades.Para se tornar uma iaô, é necessário se submeter a um longo e complexo ritual de iniciação que começa com a tiragem dos búzios para saber a que santo pertence a pessoa, passando pela manifestação do orixá, raspagem dos cabelos, banho com as ervas do santo, corte no alto da cabeça (cura), banho de sangue animal e outros procedimentos que duram em torno de três meses.

Orixás


São divindades originárias da região de Yorubá, África Ocidental, que atuam como intermediárias entre Olórun, o Deus Supremo dos iorubá e os homens.Na África eram em número superior a 200, mas no candomblé ficaram reduzidos a 16 e na Umbanda a cerca de 8.Dentre eles, destacam-se Oxalá, Iemanjá, Nanã, Xangô, Iansã, Oxum, Ogum e Oxóssi. Oxalá é o deus da vida, uma das divindades superiores que compõe a Santíssima Trindade como filho do Criador, Olórum, o Deus supremo. Nesse sentido, é também denominado Obatalá.Rei dos Orixás, preside a regeneração, a transformação e o aperfeiçoamento. Sincretizado como o Sr. do Bonfim, este Orixá é representado em duas formas: Oxalufan e Oxaguian.Oxalufan é o Oxalá velho, bondoso, que o peso dos anos fez com que suas costas se curvassem.Oxaguian é o Oxalá guerreiro,cheio de vitalidade, símbolo da mocidade, às vezes sincretizado como Menino Jesus. Sua indumentária é saia e blusa branca, coroa de rei, corações prateados pendurados na cintura. Sua comida é ebô de milho branco e acaçá insossos, pois este Orixá não come sal. Seu dia é a sexta-feira, seu dia de festa, 29 de junho e sua saudação Epa Babá.

Iemanjá, cujo nome significa “mãe cujos filhos são peixes” é a rainha das águas. É conhecida também pelos nomes de Janaína, Sereia do Mar e Princesa de Aiucá. Orixá de rios e correntes, é considerada também como responsável pela gestação e procriação. É uma das três divindades da Santíssima Trindade da Umbanda. Devido ao sincretismo, foi associada a N.S. da Conceição e N.S. da Glória, entre outras, e o dia consagrado a ela é 8 de dezembro, se está sincretizada com a primeira santa, ou 15 de agosto, se está associada à segunda santa. Entretanto, na umbanda também é costume homenagear Iemanjá na virada de ano, sobretudo nas cidades à beira mar como Rio de Janeiro, Santos e Niterói. Sua saudação é Odôiá. É representada com saia azul e blusa branca com coroa na cabeça. Sua comida preferida é o ebô de milho branco com mel, arroz, angu, peixes brancos, etc.
Nanã é também conhecida pelo nome de Nanã Burukê.É a Orixá mais velha, que, dentre as orixás femininas é a mais respeitada e a de maior conhecimento.É relacionada à chuva, à lama, mantando também associações com a morte.Saudada com a expressão Salubá, seu dia da semana é terça feira e seu dia de festa é 26 de julho, pois sincretiza-se com Sant’Ana.É representada com indumentária branco e azul escuro ou roxo e sua comida preferida é o anderé, milho branco, inhame, arroz, etc.
Xangô é um dos filhos de Iemanjá e marido de Iansã, Obá e Oxum. Orixá forte e poderoso, é viril e atrevido e, como é sincretizado como São Jerônimo, amante da justiça. Governa o raio e o trovão e talvez seja por isso que a indumentária que o representa seja feita nas cores vermelho e branco. Além disso, leva na mão um machado de cobre denominado oxê.Seu dia de festa é o dia de São Jerônimo, 30 de setembro, seu dia da semana é quarta-feira, e sua comida favorita, caruru.É saudado pela expressão Kauô Kabiecile.
Iansã divindade feminina de temperamento dominador e apaixonado é considerada guerreira por causa de sua grande coragem. Uma das esposas de Xangô é rainha dos ventos, dos raios, dos trovões e do fogo. É o único orixá capaz de enfrentar e dominar os eguns, ou seja, os espíritos e almas dos mortos que voltam à Terra em determinadas circunstâncias.É representada vestida de saia vermelha ou vermelha e branco com muitos acessórios e adereços vermelhos além de espada de cobre, sua comida é o carajé, amalá, arroz, milho branco e feijão fradinho.Seu dia da semana é quarta-feira, sua saudação Epahei!. Considera-se o 4 de dezembro como o seu dia de festa de Iansã que foi sincretizada com Santa Bárbara.
Oxum é Orixá feminina das águas doces, uma das esposas de Xangô. Exerce o poder da fecundidade e é responsável pelo sucesso ou não dos empreendimentos. As mulheres costumam invocá-la para resolver suas questões sob o apelido de “Minha Mãe Feiticeira”. É vaidosa, ciumenta e gosta de ser presenteada com perfumes e bijuterias. Sua festa depende do santo sob o qual é sincretizada:N. S. Das Candeias, na Bahia o dia é no 2 de fevereiro e N. S Conceição, no Rio de Janeiro é no dia 8 de dezembro.Suas vestes são da cor amarelo e branca, com pano amarelo às costas, segurando nas mãos uma espada e um abebé de latão.Seu dia é sábado, sua comida favorita o omolucum e sua saudação Eri ierê ô.
Ogum é um Orixá masculino, que governa a guerra, as armas, as demandas e os metais. Sincretizou-se com São Jorge no Rio, onde é festejado no dia 23 de abril e com Santo Antônio na Bahia, sendo ali sua festa realizada em 13 de junho. Veste calça e saia azul escuro, capacete e espada de metal, seu dia da semana é quinta-feira. Adora feijões preto e fradinho, inhame e acarajé. É recebido pela expressão Ogunhê.
Oxóssi é o orixá da caça que chefia a linha de caboclos e caboclas, entre eles Urubatá, Araribóia, Caboclo das Sete Encruzilhadas, Cabocla Jurema, etc. Ele é símbolo da vegetação, protetor das causas difíceis, guardião dos alimentos e remédios.No Rio de Janeiro e Porto Alegre é sincretizado com S. Sebastião e festejado por isso em 20 de janeiro;na Bahia é sincretizado com S. Jorge, cujo dia de festa é 23 de abril.Seu dia da semana é quinta feira, sua comida predileta o axoxó, feijão fradinho torrado, inhame e arroz.Sua roupa é azul e verde no candomblé e na Umbanda verde.Usa ainda um capacete de metal prateado, couraça prateada e na mão leva um arco e flecha denominado ofá além de um iruquerê, espécie de cabo de madeira, osso ou metal com uma cauda de cavalo presa.É saudado com a expressão Okê.


Quimbanda (macumba)


A Quimbanda, também conhecida pelos leigos como macumba, é uma ramificação da Umbanda que pratica a magia negra. Embora cultuem os mesmos Orixás e as mesmas entidades, se sirvam das mesmas indumentárias, e tenham em seus terreiros semelhanças muito marcantes tais como a presença de gongá repleto de imagens dos santos católicos simbolizando os orixás, caboclos e pretos velhos, existem entre as duas religiões diferenças fundamentais e decisivas. Uma delas é que na Quimbanda são realizados despachos com animais como galos e galinhas pretas, por exemplo, pólvora, objetos da pessoa a quem se quer prejudicar, dentes, unhas ou cabelo de pessoas ou animais. Estes despachos costumam-se realizar à meia-noite em locais como encruzilhadas e cemitérios. Outra prática bastante freqüente que também se encontra presente no vodu haitiano sob o nome de paket é o envultamento. Este, diz respeito à construção de um boneco de pano ou qualquer outro material, desde que pertencente à pessoa a quem quer se prejudicar, e a seguir alfinetes ou pregos são utilizados para transpassar o corpo da imagem.
Os quimbandeiros têm como ponto principal de seu culto a invocação de Exus que na Quimbanda são considerados espíritos das trevas, uns já em estado de evolução, e outros, denominados quiumbas, espíritos atrasadíssimos e que por isso também são chamados obsessores. Existem muitos Exus: Exu das Almas, Exu Caveira, Exu das Matas, Exu Tranca Rua. Existem de igual forma, Exus femininos, como é o caso de Maria Padilha, Pombagira Mulambo, Cigana, entre outras. Uma das práticas mais conhecidas da Quimbanda é a Gira dos Exus, ou Enjira dos Exus, cerimônia realizada, via de regra à meia noite, na qual diversos Exus incorporam nos médiuns e passam a dançar, beber, fumar, utilizando-se de uma linguagem bastante grosseira.


Umbanda


A Umbanda é uma religião resultante do sincretismo afro-católico-indígena que foi fundada em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1908 por Zélio Fernandino de Moraes. Este, após curar-se de uma paralisia considerada pelos médicos como irrecuperável, foi tomado por uma grande força espiritual, resolvendo a partir de então instituir o culto. O Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade que presidiu a primeira reunião, foi quem escolheu o nome Allabanda, que modificado posteriormente para Aumbanda, que em sânscrito significa “Deus ao nosso lado” ou “o lado de Deus”. Foi somente tempos depois, provavelmente por um erro de grafia, que o nome passou a Umbanda. Para esta religião, como em muitas outras, existe uma Santíssima Trindade, constituída por Tupã, o Criador, Oxalá, o filho de Deus e Iemanjá, a deusa do amor. Essas três entidades superiores são, respectivamente, derivadas do sincretismo indígena, católico e africano.
A Umbanda trabalha com sete linhas que são faixas de vibração espiritual a qual é representada e chefiada por um orixá. Cada linha é subdividida em Falanges, que por sua vez se subdivide em subfalanges, que se dividem em bandas. As bandas se ramificam em sete legiões que se repartem em sete sublegiões e estas, por fim se subdividem em sete povos. A primeira linha é chefiada por Oxalá e também é denominada linha de Santo porque abrange os santos da Igreja Católica em geral. A segunda é a linha de Iemanjá que engloba as ondinas, caboclas do mar e outras entidades relacionadas à água. A terceira, do Oriente ou de São João Batista, é formada por médicos, sacerdotes, hindus, etc. A linha de Oxóssi é a composta de caboclos e caboclas, ou seja, índios, e é comandada por São Sebastião. Na quinta linha, a de Xangô-Agodô, comandada por São Jerônimo, trabalham Santa Bárbara, caboclos e pretos-velhos.A sexta linha é a linha de Ogum ou São Jorge, que lidera caboclos, pretos-velhos e soldados romanos.Por fim, a sétima linha é a linha Africana ou de São Cipriano, onde trabalha todo o povo das Costa do Congo, de Angola e de todo povo da África.
A Umbanda é uma religião de culto material, baseada na mediunidade, na magia , com seus rituais e liturgias próprias. Dentre estes destacam-se o ponto riscado e o ponto cantado.O primeiro é a utilização de um desenho riscado com giz denominado pemba pelos umbandistas, que dependendo da forma e da cor serve para chamar determinada entidade ao mundo material. Já no segundo caso, que é uma espécie de prece evocativa cantada, existem diversos tipos. Há os pontos de louvor, utilizados apenas para homenagear determinada entidade ou abrir os trabalhos, os pontos de descida, cantados para chamar os orixás para que desçam para incorporar o médium, e os pontos de subida entoados para a desincorporação. Os médiuns são também denominados “cavalos” ou “aparelhos” e os cultos são realizados em Terreiros ou Centros embora seja freqüente a realização de oferendas nas florestas, praias e fontes de água.
A Umbanda obedece a diversos rituais que além dos já citados incluem os banhos de ervas consideradas sagradas, defumações com incensos, o uso de velas e de bebidas alcoólicas e os famosos passes, onde o médium utiliza a fumaça de seu charuto ou cachimbo e da imposição de suas mãos nas costas, na frente no braços da pessoa, realizando movimentos de cima para baixo, no intuito de neutralizar as más influências que porventura possa estar sofrendo o indivíduo.


Vodu

O termo tem origem daomeana e tanto se refere às divindades boas quanto às más. O vodu é uma religião muito popular praticada no Haiti. À semelhança do que aconteceu com os escravos no Brasil e com a religião que veio com eles da África, os negros que aportaram no Caribe também se viram obrigados a realizar um sincretismo religioso entre suas divindades e as divindades cristãs aceitas na região. Foi assim que, Olorum, a entidade máxima, o próprio criador dos deuses e dos homens do vodu haitiano, foi rebatizado como o Bon Dieu.Obatalá, que para os umbandistas e adeptos do candomblé é Oxalá, recebeu o nome de Virgem das Mercês.
Existem dois tipos de ritos no vodu, sendo que um, o rada-canzo é baseado em parte no catolicismo e em parte na magia branca, e tem como sacerdote o houngan. No outro rito, o petro, ou magia negra, seu sacerdote é denominado bocorte; é aceitável e comum a realização de trabalhos com fins maléficos. Esse último rito encerra uma série de atividades e práticas através das quais a religião vodu é mais conhecida e afamada em todo o mundo. Os deuses do rito petro possuem um caráter agressivo e bem marcante, que faz com que sejam invocados tanto para o bem como para o mal. Durante o ritual de magia negra são invocados espíritos da destruição e é comum o sacrifício de animais, que morrem simbolicamente em nome de quem se quer prejudicar. Existe também as famosas paket, que são bonecos feitos em madeira ou cera, representando as pessoas que se quer fazer mal, ou até mesmo em certos casos, eliminar.A esses bonecos, costuma-se atear fogo ou então espetar alfinetes enferrujados em regiões do corpo consideradas vitais, como por exemplo, na área relacionada ao coração.
O vodu possui uma imensa galeria de deuses aos quais denomina-se genericamente de loas, porque qualquer um que em vida tenha demonstrado em vida qualidades especiais pode ter sua alma incorporada às divindades haitianas.

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Contra tudo isso, só algo a acrescentar: O SANGUE DE JESUS TEM PODER!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

O primeiro "American Idol" - O testemunho do ator Pat Boone


Por Michael W. Michelsen Jr.

Portal CRISTIANISMO HOJE

“Muitas pessoas olham para as coisas em favor das quais eu me posiciono – um copo de leite puro (ao invés de um copo de cerveja) e uma imagem retrô da América – mas isto não me incomoda”, disse Pat Boone em uma entrevista a revista Today’s Christian (Cristão de hoje). “Eu espero que quando as pessoas pensarem em mim, elas pensem em alguém que cresceu com um certo conjunto de valores, uma fé em Deus e uma determinação para fazer aquilo que acredito ser o plano de Deus para minha vida”.
A vida do artista é o foco de um livro publicado recentemente: A América de Pat Boone: Uma viagem através dos últimos cinqüenta anos da cultura popular (Pat Boone’s America: A Pop Culture Journey Through the Last Fifty Years).
Nascido em 1934, no Tennessee, Pat Boone foi o primeiro American Idol. Vencedor de um concurso de músicos amadores que era televisionado na década de 1950, ele vendeu ao longo de sua carreira mais de 45 milhões de discos e emplacou 38 sucessos, alcançando a décima posição no ranking dos maiores artistas da história do rock. Em seu currículo constam também três estrelas na calçada da fama de Hollywood (por música, televisão e cinema). Enquanto construía esta impressionante carreira, Pat Boone e sua esposa Shirley – casados por mais de cinqüenta anos – criaram quatro filhas. “Em meio a tudo isto, mantive-me agarrado à convicção de que Deus tinha certas coisas para eu fazer”, disse ele, “e o resultado é uma vida com muito mais realizações do que eu jamais teria esperado obter por minha própria conta”.
No início de sua carreira como ator contratado, Pat Boone foi selecionado para fazer um filme onde contracenaria com Marilyn Monroe. Mas uma vez que o filme tinha como temática a questão da infidelidade, ele resolveu não participar e chegou a enfrentar ameaças de demissão por parte do estúdio. “Quanto comuniquei a eles que não faria o filme por causa do tema, fui alertado de que poderia ser demitido”, relata. “Eu adoraria ter feito um filme com Marilyn Monroe, mas eu não faria nada que fosse contrário às minhas convicções”.
Em 1962 , Pat Boone participou do filme State Fair que foi um enorme sucesso de bilheteria. “Isto é algo que tem acontecido comigo ao longo de minha carreira, o que apenas confirma minha convição de que Deus está no controle”, diz. “O problema é que as coisas na América têm se desviado do curso: o sentido de decência e a força da família sobre os quais nosso país foi construído estão se deteriorando. Eu acredito que esta seja a razão pela qual as pessoas olhem para mim julgando-me ultrapassado e antiquado, e este talvez seja o caso em Hollywood, mas não é o caso em inúmeras pequenas e mesmo grandes cidades ao redor do país onde as pessoas criam suas famílias e saem para trabalhar todos os dias. Pois aqueles valores são os que sustentam estas famílias”.
Pat Boone certamente sabe o que está falando, não apenas porque é pai de quatro filhas, mas sobretudo porque é o patriarca de uma grande família que tem experimentado triunfos e tragédias. Desde 2001, quando seu neto Ryan, de 24 anos, sofreu uma horrível queda e despencou três andares abaixo por uma abertura de luz no telhado do próprio apartamento, a família de Pat Boone tem enfrentado uma de suas provas mais difíceis. Ryan sofreu múltiplas lesões e entrou em coma. Pat Boone pediu às pessoas que orassem por seu neto e chegou a ir ao programa do Larry King para falar sobre o assunto. “Os médicos disseram que Ryan não sobreviveria, mas nós estávamos confiantes que não apenas ele iria viver, com também de que iria despertar do coma e se recuperar completamente. Dissemos aos médicos que se encarregassem da parte clínica que nós nos encarregaríamos da parte espiritual”.
Ryan despertou do coma após 18 meses e continua fazendo progressos. Algum tempo atrás, toda a família Boone, inclusive Ryan, reapareceu no programa do Larry King para falar sobre a recuperação e o papel desempenhado por Deus e pela oração neste processo. “O fato de Ryan ter sobrevivido ao acidente e seu progresso desde então tem me mostrado que Deus realmente trabalha em nossas vidas”, disse Pat Boone. “Ryan me perguntou recentemente que propósito eu pensava que Deus tinha com o acidente. Respondi que não sabia, mas que acreditava que através do ocorrido Deus estava nos mostrando que Ele realmente opera milagres, muitos dos quais vão muito além de nossa compreensão. Ao menos até que eu tenha a oportunidade de fazer esta pergunta a Deus, isto será o bastante para mim”.

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terça-feira, 8 de julho de 2008

Veja a lista com todas as frutas brasileiras!



Sapoti

Anacardium giganteum (cajuí)
Anacardium humile (caju-anão)
Anacardium microcarpum (cajuzinho)
Anacardium occidentale (caju "CCP 76"), (caju "CCP 06"), (caju "END 157")
Spondias macrocarpa (cajá-redondo)
Spondias mombin (taperebá)
Spondias tuberosa (umbu)
Spondias venulosa (cajá-grande)
Spondias sp (umbu-cajá)
Annona cacans (araticum-cagão)
Annona coriacea (marôlo)
Annona crassiflora (marôlo)
Annona glabra (araticum-liso)
Annona montana (graviola-silvestre)
Annona salzmannii (araticum-verdadeiro)
Duguetia furfuracea (marolinho-do-cerrado)
Duguetia lanceolada (pindaíva)
Porcelia macrocarpa (banana-de-macaco)
Rollinia emarginata (araticum-mirim)
Rollinia mucosa (biribá-comum), (biribá "Liso"), (biribá "Prolific"), Rollinia salicifolia (cortiça-lisa)
Rollinia sericea (cortiça)
Rollinia sylvatica (cortiça)
Ambelania acida (pepino-do-mato)
Couma utilis (sorvinha)
Hancornia speciosa (mangaba-da-restinga)
Hancornia speciosa var. pubescens (mangaba)
Acrocomia aculeata (macaúba)
Aiphanes aculeata (cariota-de-espinho)
Allagoptera arenaria (guriri)
Astrocaryum aculeatum (tucumã)
Astrocaryum murumuru (murmurú)
Astrocaryum vulgare (tucumã-do-pará)
Attalea dubia (indaiá)
Bactris ferruginea (mané-velho)
Bactris maraja (marajá)
Bactris setosa (tucum)
Butia capitata (butiá-do-cerrado)
Butia eriospatha (butiá-da-serra)
Butia odorata (butiá-da-praia)
Butia purpurascens (butiá-jataí)
Butia yatai (yataí))
Cocos nucifera (côco-gigante), (côco-anão-pingo-de-ouro), (côco-baé ou híbrido), Euterpe edulis (palmito-juçara)
Euterpe oleracea (assaí-do-pará))
Euterpe precatoria (assaí-do-amazonas)
Mauritia flexuosa (buriti)
Maximiliana maripa (inajá)
Oenocarpus bacaba (bacaba)
Oenocarpus bataua (patauá)
Oenocarpus distichus (bacaba-de-leque)
Orbignya phalerata (babaçu)
Scheelea butyracea (jaci)
Scheelea phalerata (bacurí)
Syagrus cearensis (catolé)
Syagrus coronata (licuri)
Syagrus flexuosa (acumã)
Syagrus macrocarpa (marirosa)
Syagrus oleracea (guariroba)
Syagrus romanzoffiana (jerivá)
Syagrus schyzophylla (aricuriroba)
Syagrus vagans (ariri)
Crataeva tapia (tapiá)
Ananas comosus (abacaxi-pérola), (abacaxi-smooth cayenne), (abacaxi-gomo-de-mel)
Bromelia antiacantha (gravatá)
Cereus jamacaru (mandacaru)
Epiphyllum phyllanthus (falsa-saborosa)
Opuntia monacantha (urumbeba)
Opuntia paraguayensis (arumbeva)
Pilosocereus arrabidae (pitaia-da-restinga)
Celtis iguanaea (jameri)
Jacaratia spinosa (jaracatiá)
Vasconcella quercifolia (mamãozinho-do-mato)
Caryocar brasiliensis (piqui)
Cariocar coriaceum (pequiá)
Caryocar microcarpum (pequiarana)
Caryocar villosum (piquiá)
Cheilochlinium cognatum (uarutama)
Peritassa campestris (bacupari-do-cerrado)
Salacia elliptica (siputá)
Tontellea micrantha (bacupari)
Chrysobalanus icaco (ajurú-branco), (ajurú-preto), (ajurú-vermelho)
Couepia bracteosa (pajurá)
Couepia longipendula (castanha-de-galinha)
Couepia subcordata (umarirana)
Licania salzmannii (oití-da-bahia)
Parinari obtusifolia (fruta-de-ema)
Garcinia acuminata (bacuri-azedo)
Garcinia brasiliensis (bacupari-miúdo)
Garcinia gardneriana (bacupari)
Garcinia macrophylla (bacuripari)
Garcinia madruno (bacuri)
Platonia insignis (bacuri-açu)
Melancium campestre (melancia-do-campo)
Sicana odorifera (cruá)
Diospyros brasiliensis (olho-de-boi)
Diospyros hispida (caqui-do-cerrado)
Diospyros inconstans (marmelinho)
Gaylussacia angustifolia (camarinha-da-serra)
Gaylussacia brasiliensis (camarinha)
Cassia leiandra (mari-mari)
Hymenaea courbaril (jatobá)
Hymenaea stigonocarpa (jatobá-do-cerrado)
Dipteryx alata (cumbaru)
Inga cinnamomea (ingá-chinelo)
Inga edulis (ingá-cipó)
Inga laurina (ingá-branco)
Inga marginata (ingá-feijão)
Inga sessilis (ingá-ferradura)
Inga vera (ingá-banana)
Inga vulpina (ingá-miúdo)
Endopleura uchi (uxi)
Poraqueiba sericea (umari)
Vitex cymosa (jaramantaia)
Vitex montevidensis (tarumã)
Vitex polygama (tarumã-do-cerrado)
Bertholletia excelsa (castanha-do-pará)
Lecythis lanceolata (sapucaia-mirim)
Lecythis pisonis (sapucaia)
Byrsonima crassifolia (muricí-do-praia)
Byrsonima verbacifolia (murici-rasteiro)
Dicella nucifera (castanha-de-cipó)
Bombacopsis glabra (castanha-do-maranhão)
Pachira aquatica (monguba)
Quararibea cordata (sapota-do-solimões)
Sterculia apetala (mandovi)
Sterculia striata (chicá-do-cerrado)
Theobroma bicolor (pataste)
Theobroma cacao (cacau)
Theobroma grandiflora (cupuaçu)
Theobroma speciosum (cacauí)
Theobroma subincanum (cupuí)
Bellucia grossularioides (goiaba-de-anta)
Bellucia imperialis (goiaba-de-anta-vermelha)
Mouriri pusa (puçá)
Chondodendron platyphyllum (jaboticaba-de-cipó)
Brosimum gaudichaudii (maminha-cadela)
Maclura tinctoria (taiuva)
Acca sellowiana (goiaba-serrana-coolidge), (goiaba-serrana-mammoth), (goiaba-serrana-triumph)
Campomanesia adamantium (guabiroba-amarela), (guabiroba-verde) , (guabiroba-vermelha)
Campomanesia aurea (guabirobinha-do-campo)
Campomanesia guazumifolia (sete-capotes)
Campomanesia lineatifolia (guabiraba)
Campomanesia neriiflora (guabiroba-branca)
Campomanesia phaea (cambuci)
Campomanesia pubescens (guabiroba-peluda)
Campomanesia schlechtendaliana (guabiroba-rugosa)
Campomanesia sessiliflora (guabiroba-verde)
Campomanesia xanthocarpa (guabiroba)
Campomanesia xanthocarpa var. litoralis (guabiroba-da-praia)
Eugenia brasiliensis (gumixama-preta), (grumixama-amarela), (grumixama-vermelha)
Eugenia calycina (cerejinha)
Eugenia candolleana (murtinha)
Eugenia copacabanensis (cambuí-amarelo)
Eugenia dysenterica (cagaita)
Eugenia florida (guamirim)
Eugenia involucrata (cereja-do-rio-grande), (cereja-do-rio-grande-dulcíssima), (cereja-do-rio-grande-gigante)
Eugenia itaguahiensis (grumixama-mirim)
Eugenia klotzschiana (pêra-do-campo)
Eugenia leitonii (goiabão)
Eugenia luschnathiana (pitomba-da-bahia)
Eugenia lutescens (perinha)
Eugenia multicostata (pau-alazão)
Eugenia myrcianthes (pêssego-do-mato)
Eugenia neonitida (pitangatuba)
Eugenia patrisii (ubaia)
Eugenia pitanga (pitanga-do-cerrado)
Eugenia pyriformis (uvaia-piriforme),(uvaia-redonda),(uvaia-rugosa-doce)
Eugenia stipitata (araçá-boi)
Eugenia speciosa (laranjinha-do-mato)
Eugenia uniflora (pitanga-vermelha), (pitanga-alaranjada), (pitanga-preta)
Myrcianthes pungens (guabiju)
Myrciaria aureana (jaboticaba-branca)
Myrciaria cauliflora (jaboticaba-paulista), (jaboticaba-açu-paulista), (jaboticaba-ponhema), (jaboticaba-precoce), (jaboticaba-vermelha)
Myrciaria coronata (jaboticaba-coroada)
Myrciaria dubia (camu-camu)
Myrciaria floribunda (camboim)
Myrciaria glazioviana (cabeludinha)
Myrciaria grandifolia (jaboticaba-graúda)
Myrciaria jaboticaba (jaboticaba-sabarazinha), (jaboticaba-cascuda), (jaboticaba-pingo-de-mel), (jaboticaba-rajada),(jaboticaba-sabará)
Myrciaria oblongata (jaboticaba-azeda)
Myrciaria phitrantha (jaboticaba-costada)
Myrciaria tenella (camboim)
Myrciaria trunciflora (jaboticaba-de-cabinho)
Plinia edulis (cambucá)
Plinia rivularis (guaburiti)
Psidium acutangulum (araçá-pêra)
Psidium cattleianum (araçá-amarelo ou mirim), (araçá-vermelho), (araçá-Ya-ci)
Psidium cinereum (araçá-cinzento)
Psidium firmum (araçá-do-cerrado)
Psidim guajava (goiaba-yonemura), (goiaba-amarela),(goiaba-cascuda), (goiaba-courtbel),(goiaba-h.açu),(goiaba-kumagai),(goiaba-Ogawa 2), (goiaba-paluma), (goiaba-rica), (goiaba-pedro-sato), (goiaba-supreme-red-ruby)
Psidim guajava var. minor (goiaba-miniatura)
Psidium guineense (araçá-do-campo)
Psidium rufum (araçá-roxo)
Psidium salutare (araçá-rasteiro)
Xymenia americana (limãozinho-da-praia)
Fuchsia regia (brinco-de-princesa)
Passiflora alata (maracujá-doce)
Passiflora ambigua (maracujá-doce)
Passiflora amethystina (maracujá-de-cobra)
Passiflora caerulea (maracujá-vermelho)
Passiflora cincinnata (maracujá-mochila)
Passiflora coccinea (maracujá-poranga)
Passiflora edulis (maracujá-roxo),(maracujá-flavicarpa),(maracujá-AR1), (maracujá EC-Ram),(maracujá GA-2), (maracujá-IAC-Paulista),(maracujá Monte Alegre,IAC-273)
Passiflora eichleriana (maracujá-de-cobra)
Passiflora elegans (maracujá-de-estalo)
Passiflora foetida (maracujá-de-cheiro)
Passiflora galbana (maracujá-do-mato)
Passiflora giberti (maracujá-bravo)
Passiflora laurifolia (maracujá-peroba)
Passiflora loefgreenii (maracujá-de-alho)
Passiflora mucronata (maracujá-de-restinga)
Passiflora nitida (suspiro)
Passiflora picturata (maracujá-redondo)
Passiflora quadrangularis (maracujá-mamão)
Passiflora serrato-digitata (maracujá-pedra)
Passiflora setacea (maracujá-sururuca)
Passiflora tenuiphila (maracujá-de-cobra)
Passiflora vitifolia (maracujá-folha-de-uva)
Rhamnidium elaeocarpus (saguaraji)
Zizyphus joazeiro (joá)
Zizyphus mistol (mistol)
Rubus erythrocladus (amora-verde)
Rubus rosifolius (amora-vermelha)
Rubus sellowii (amora-preto-vermelha)
Alibertia edulis (marmelada-de-cavalo)
Cordiera elliptica (marmelada-de-pinto)
Cordiera humilis (marmelada-rasteira)
Cordiera sessilis (marmelada-de-cachorro)
Genipa americana (genipapo)
Genipa infudibuliformis (jenipapo-liso)
Posoqueria latifolia (baga-de-macaco)
Casearia decandra (cambroé)
Casearia rupestris (pururuca)
Acanthosyris spinescens (sombra-de-touro)
Paulinia cupana (guaraná)
Talisia esculenta (pitomba)
Manilkara huberi (maçaranduba)
Manilkara salzmannii (maçaranduba-preta)
Manilkara subsericea (maçaranduba)
Pouteria bullata (bapeba)
Pouteria caimito (abiu-comprido),(abiu-redondo),(abiu-ticuna)
Pouteria gardnerii (sapotinha)
Pouteria gardneriana (aguaí-guaçu)
Pouteria grandiflora (bapeba-da-restinga)
Pouteria macrophylla (cutite)
Pouteria pachycalyx (bapeba)
Pouteria ramiflora (curriola)
Pouteria torta (guapeva)
Pouteria venosa (aboirana)
Pradosia brevipes (fruto-de-tatu)
Pradosia lactescens (marmixa)
Sideroxylon obtusifolium (sapotiaba)
Physalis pubescens (camapu)
Solanum sessiliflorum (cubíu)
Pourouma cecropiifolia (mapati)



Aproveite para baixar um livro de poemas sobre Árvores:


        O termo grego ανθολογία (antologia), significa “coleção ou ramalhete de flores”. Daí o latim florilegium. O termo florilégio encaixa-se bem ao presente trabalho, onde procurou-se coligir poemas sobre a árvore, esse centro e pilar da hera.
        E foi sorvendo de outas antologias, e ainda de livros individuais, revistas e websites, que coligimos aqui este singelo ramalhete de poemas sobre a árvore. Adicionamos ao volume uma pequena seleção de frases sobre o tema, e, em arremate, publicamos o texto integral (vertida sua grafia ao português hodierno) do poema A Destruição das Florestas, do múltiplo Manuel de Araújo Porto-Alegre (1806 – 1879). O poema, que veio à luz em 1845, é um significativo e precoce exemplo de consciência ambiental em nossa literatura.
        Uma antologia temática é uma chance sempre de a poesia penetrar em espaços outros que não os estritamente circunscritos aos apreciadores de poesia. Como antologista, confesso que prefiro, por motivos óbvios, trabalhar com temas ainda não contemplados, os quais infelizmente são muitos em nossa língua. Já assim fizemos em trabalhos como Segunda Guerra Mundial – Uma Antologia PoéticaBreve Antologia da Poesia Cristã Universal e Amor, Esperança e Fé – Uma Antologia de Citações, só para citar alguns trabalhos. Assim, qual a vantagem (ou vantagens) de debruçarmo-nos, agora, sobre uma outra antologia da árvore, já que nossa literatura possui obras neste viés? Acreditamos em algumas. A primeira, é de ordem da amplitude espaço-temporal: a coleta de um número significativo de textos, abarcando autores, se em sua maioria brasileiros ou lusos, também de outras literaturas do globo, e alguns deles de produção posterior às seletas precedentes; a segunda, por suprimento de lacuna, visto que os predecessores são livros esgotados já de há boas décadas; e, por fim, nossa motivação principal: a democratização do conhecimento proporcionada por um livro que já nasce eletrônico e gratuito, o que permite um acesso fácil, amplo e permanente ao seu conteúdo. Afinal, em tempos em que “Meio Ambiente” alcançou o status de tema transversal a perpassar o ensino de todas as disciplinas escolares, auxiliar educadores em seu esforço para incutir o reconhecimento e a valorização deste ser áulico e basilar da Natureza, a árvore, naqueles corações sob sua jurisdição, torna-se nosso objetivo mais urgente.
        Além do elogio da árvore, presta-se aqui uma homenagem a nossos poetas de agora e de ontem, e de certa forma um serviço à literatura lusófona, pois toda antologia literária é antes de tudo isso - um serviço prestado a uma literatura e ao universo de seus usuários.
        Este é um livro gratuito. Como amante das árvores e da literatura, como professor e como antologista, é um prazer ofertar este livro a todos, com votos de que ele possa ser compartilhado livremente, para que alcance os fins a que se propõe.
                               
Sammis Reachers

Para baixar o livro (224 págs., em formato PDF) pelo Google Drive, CLIQUE AQUI.



E baixe também este pequeno "fanzine", de quatro paginas, com um poema que celebra algumas das desconhecidas frutas brasileiras:


Cantiga das Crianças Fruteiras

Este pequeno material é um poema que, de forma divertida, fala sobre as frutas nativas de nosso Brasil, apresentando em seu corpo diversos nomes, a maioria “desconhecidos”, de algumas de nossas mais de 300 frutas nativas. O objetivo é informar e despertar a curiosidade de crianças e jovens (e adultos também) para um universo que muitos ignoram. É um material simples: Uma única folha A4 impressa em frente e verso e depois dobrada. Ele pode ser utilizado em aulas de português, ciências, geografia e mesmo outras disciplinas ou atividades transversais, a critério do educador. Pode ser livremente impresso e compartilhado. O arquivo em PDF traz duas versões, uma colorida e outra já otimizada para a impressão em preto-e-branco.

PARA BAIXAR PELO GOOGLE DRIVE, CLIQUE AQUI.



segunda-feira, 7 de julho de 2008

A Verdadeira Religião

Qual destes caminhos leva ao Redentor? Quem está falando a verdade?

Muitas denominações e seitas nos dias de hoje tem feito afirmações de que somente eles estão praticando a verdadeira religião. Só para listar alguns exemplos deste exclusivismo religioso:

- O Catecismo da Igreja Católica declara: “Fora da Igreja [Católica Romana] não há salvação (...)” (§§ 846, 870). Não obstante esta instituição religiosa ter se afastado tanto de vários princípios bíblicos no decorrer dos séculos, muitas vezes acrescentando à Palavra de Deus sua própria Tradição (assim como os fariseus nos dias de Jesus), supõe ela ser a única e verdadeira Igreja de Cristo sobre a Terra, fora da qual ninguém pode salvar-se? Como fica, pois, Atos 4:12 ("Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há [além de Jesus], dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.")? Que declaração pertubadora.... Há cerca de cinco séculos, esta questão levou um jovem monge agostiniano a estudar profundamente a Palavra de Deus em busca da Verdade...

- De maneira semelhante, os ‘santos dos últimos dias’, conhecidos como mórmons, afirmam que “a primeira visão de Joseph Smith [ocorrida no ano de 1820] marcou o início da restauração do evangelho de Jesus Cristo sobre a Terra. Nos anos subseqüentes, Cristo restaurou Seu sacerdócio e reorganizou Sua Igreja.” Isto implicaria dizer que a salvação de um indivíduo ocorre mediante a aprovação de Joseph Smith?




- Os adventistas do sétimo dia, por sua vez, advogam que “um remanescente tem sido chamado para fora a fim de guardar os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. Este remanescente anuncia a chegada da hora do Juízo (...)” e que ”um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Este dom é uma característica da Igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como a mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade (...)” (Crenças Fundamentais, n. 13 e 18). Estariam eles dizendo que a salvação é restrita aos que guardam o sábado e que crêem em cada um dos controversos escritos da sua profetiza?

- Também é notória a posição da seita das “testemunhas-de-jeová” que, não obstante rejeitarem, por exemplo, a divindade de Cristo e Sua ressurreição corpórea (crenças básicas do cristianismo bíblico), declaram que sua entidade, a Sociedade Torre de Vigia, é o “mordomo bom e fiel” (ou o "escravo fiel e discreto', na sua Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas) de Mateus 24:45-46 em contraste com o servo mau, que segundo eles representa todo o restante da “cristandade”.

A verdadeira religião, porém, vem de um coração honesto. A Bíblia diz em Isaías 29:13: “Por isso o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de Mim, e com a sua boca e com os seus lábios Me honra, mas tem afastado para longe de Mim o seu coração, e o seu temor para Comigo consiste em mandamentos de homens, aprendidos de cor.” Mister é entendermos que a verdadeira religião está focada na pessoa do Senhor Jesus Cristo e não em filosofias humanas: “Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.” (Colossenses 2:8)

A verdadeira religião é aquela que produz frutos espirituais: “Portanto eu vos digo que vos será tirado o reino de Deus, e será dado a um povo que dê os seus frutos.” (Mateus 21:43) A verdadeira religião, a religião que é firmada na eterna, inerrante e pura Palavra de Deus, é ajudar os outros e manter-se fiel ao Senhor: “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo.” (Tiago 1:27)

Para concluir, podemos citar uma frase do missionário metodista Stanley Jones, em que ele declara: "RELIGIÃO É A BUSCA DO HOMEM A DEUS, POR ISSO HÁ MUITAS RELIGIÕES. MAS O EVANGELHO É DEUS BUSCANDO O HOMEM, POR ISSO SÓ HÁ UM EVANGELHO!"

A Deus toda a Glória!

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